A dupla agonia da família da jovem Eloá Pimentel, seqüestrada e assassinada em 2008 por Lindemberg Alves, ex-namorado, parece que terminou nesta quinta-feira 16, depois da condenação de assassino confesso.
Desde o início do episódio, há quase quatro anos atrás, o caso vem sendo explorado amplamente pela mídia, aproveitando-se do fato trágico. Virou uma novela policial e de terror. Sem permissão, os pais e envolvidos se transformaram em personagens para dar audiência nas redes de TV e outras mídias. Agora em fevereiro de 2012, durante o julgamento que condenou Lindemberg a 98 anos de prisão, o sensacionalismo foi quase o mesmo. Apesar de ter chegado ao final, a sensação que se tem é de que alguns produtores de notícia queriam que algo “novo” surgisse para prorrogar a sentença final.
Nessa espetacularização da tragédia, os familiares é o que menos importa para a mídia macabra. O importante são “os furos” que conseguem fazer na sensibilidade das pessoas, já atônitas com tantos atos de violência. Como a performática advogada do condenado disse que iria recorrer da sentença, o enredo da peça ainda pode ser retomado...