Um dia após o ataque à embaixada dos Estados Unidos na Líbia, representações diplomáticas norte-americanas no Egito e no Iêmen são alvos de manifestações, com intervenção da polícia.
Em Sanaa, no Iêmen, dezenas de pessoas subiram nos muros da embaixada. A polícia e a segurança do local tentaram impedir a invasão, mas a multidão conseguiu quebrar os vidros das janelas e ultrapassar os portões. Tiros foram disparados para dispersar as pessoas.
O país vive um clima de tensão, com a crescente influência da Al Qaeda. A rede terrorista luta contra o frágil governo recém-estabelecido, que conta com o apoio dos Estados Unidos.
No Egito, a confusão foi ainda maior, deixando 13 feridos. Os muros da embaixada foram escalados, mas a invasão não aconteceu.
Este é o terceiro dia de manifestações no Cairo, contra os Estados Unidos e contra o filme amador, feito por um israelense naturalizado norte-americano, que ridiculariza o profeta Maomé.
O presidente do Egito condenou o trailer postado na internet, e que correu o mundo muçulmano. E também rejeitou atos de violência motivados pela obra.
Washington enviou dois navios de guerra para a costa da Líbia, um dia após o ataque ao consulado de Benghazi, que matou o diplomata Chris Stevens e outros três norte-americanos. O fato aconteceu em meio a protestos contra o filme do israelense.
Há investigações sobre a hipótese das manifestações terem sido somente um pretexto, para uma ação planejada pela rede Al Qaeda.